Acordei com gosto de samba
No teu caos, tua desordem, na tua lama
Chafurdado. Não te acanhes, não me é estranha!
É meu passo em teu espaço em nossa dança.
Se das tuas desventuras eu me banho,
Se eu enrolo teus anseios num cigarro,
É somente porque tragas do meu fado
Numa eterna embriaguez de desenganos!
Se te fartas do teu pranto, pranta o meu,
Que ao fartar-me do meu pranto eu bebo o teu;
Dou-te a minha como a mim dás tua palma.
Se te vexas da tua lama, é tua toleima!
Eu te sei como tu sabes minha sujeira;
Quando foi que não dormi na tua alma?