Não tenho por ti senão ternura.
Não desejo senão te acolher;
Maravilhar os meus olhos e aprazer-me
Na pueril e irreal candura tua.
Não faço questão de ter tua carne,
Tampouco que proves tu da minha.
Desejo eu apenas admirar-te
O inocente sorriso em harmonia
Com o meu, que saudades já carrega
Do riso que tu imprimiste nele.
Eu quero pintar-te umas mil vezes,
Beijar-te as bochechas, boca e testa,
Escrever mil poemas em tua glória
E guardar a utopia na memória.