Pietro álamo

Candura

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Não tenho por ti senão ternura.
Não desejo senão te acolher;
Maravilhar os meus olhos e aprazer-me
Na pueril e irreal candura tua.
 
Não faço questão de ter tua carne,
Tampouco que proves tu da minha.
Desejo eu apenas admirar-te
O inocente sorriso em harmonia
 
Com o meu, que saudades já carrega
Do riso que tu imprimiste nele.
Eu quero pintar-te umas mil vezes,
 
Beijar-te as bochechas, boca e testa,
Escrever mil poemas em tua glória
E guardar a utopia na memória.
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