Ivan De Oliveira Melo

SUPLÍCIO

Diante dum pálido sorriso agreste
E numa enseada de corpo humano,
Vi-me metafísico e me lembrando
Dos hiatos silvestres que me deste.
 
Perante reais recordações niilistas,
Meu cérebro celebrou senil deboche,
Pois fui torturado por ser o fantoche
De enigmas surreais dos enxadristas.
 
Talvez do junco com que me bateste
Tenhas obtido o que serviu de enfeite
Para a sarcasmo deletério do público...
 
Enfim renasço cristalino após a luta
Embora a preocupação é que não surta,
Porque não há espaços para o indulto.
 
DE  Ivan de Oliveira Melo

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