Morro sereno todos os dias
Para despertar dia seguinte
Com lágrimas e sem palpite,
Sem noção de novas orgias.
Política plena de hipocrisias
Que faz destronar o requinte
Da existência e que é acinte
À moral lúdica das fantasias.
Numa vida que está devassa,
Urge que algo idôneo se faça
Para que o lírico seja enredo...
Assim se encontra o universo
E, o poeta, através do inverso
Possa versar viver sem medo!
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO